terça-feira, 20 de novembro de 2012

O Inverno do Mundo

Tal como eu, milhões de fans em todo o mundo esperaram, ansiosos, pelo segundo volume da Triologia O Século, de Ken Follett que, com Os Pilares da Terra e com um punhado de policiais eficientes já ganhara imortalidade. O galês puublicou há poucas semanas, o esperado volume. O Inverno do Mundo apresenta-nos cinco famílias, e, pelo menos cinco perspetivas do mundo nas vésperas da Segunda Guerra Mundial.
As personagens que captaram os leitores no primeiro volume, estão, mais ou menos presentes, neste livro, mais velhas e com filhos que serão protagonistas desta história.
Maud, inglesa, é casada com Walter, alemão, e criam os seus dois filhos em Berlim, ao mesmo tempo que, contra as suas crenças, Hitler ganha terreno. Erik torna-se num fervoroso nazi e combate na guerra, enquanto que o regime não deixa Carla ser médica, tornando a jovem numa enfermeira sem mãos a medir durante os bombardeamentos. Para além dos filhos das personagens do primeiro capítulo, Follett dá-nos novos e interessantes atores. Em Berlim, um deles é Werner, aparentemente um playboy despreocupado mas, vendo de perto, um importante espião contra o regime nazi.
Do outro lado do Oceano, vive Lev Pechkov, russo fugido da pátria à custa do irmão que agora é um homem rico e com vários filhos. Legítimos, como Daisy, linda jovem que só pensa em vestidos e festas e o bastardo Greg, inteligente e ambicioso como o pai. Igualmente na América, Gus, continua na vida política e deu vida a dois filhos:Woody e Chuck.
Na Rússia, Gregori Pechkov, cria o sobrinho Vólodia como  filho e é um importante figura do regime. Volódia, esse, entra no mundo da espionagem, interagindo com outros núcleos.
Na Grã Bretanha, vive Boy, rico e mimado e a família Wiliams, com destaque para Ethel, deputada e seu filho Lloyd, aplicado estudante, soldado na guerra civil de Espanha entre outros papeis que será, a figura de maior destaque no romance.
Follett conta histórias dentro da História, dando mais importância à perspectiva de cada persongem do que em narrar a Segunda Guerra Mundial. Follett escreve um romance histórico de grande relevancia, não pretendendo escrever mais um livro sobre o assunto, mas sim um livro que diga algo de novo. E se diz.